sábado, 21 de agosto de 2010





O caçula entre seis irmãos, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, jamais imaginou o sucesso que estaria para experimentar ao ser levado para treinar no Flamengo. Foi o radialista Celso Garcia o responsável pelo inicio da carreira daquele que seria um dos maiores astros do futebol brasileiro. Modesto Bria, o treinador das categorias de base do clube da Gávea, quase não acreditou quando Garcia lhe apresentou o menino. “É muito franzino. Não dá!” disse o técnico. Mas a perseverança de Garcia, felizmente, foi maior do que o preconceito inicial de Bria e Zico acabou sendo chamado para treinar. Naquele momento começava a saga do maior artilheiro do Flamengo de todos os tempos, o segundo maior artilheiro da Seleção Brasileira, atrás apenas de Pelé e o líder do time rubro-negro em suas maiores conquistas. Zico sempre teve de suar muito para conseguir o que queria. “Tive de matar um leão por dia para provar o meu valor”, lembra hoje. Primeiro, para ser jogador de futebol. Franzino, precisou submeter-se a sessões intermináveis de musculação e a dietas ultra rigorosas para adquirir massa muscular e suportar os choques naturais com os marcadores adversários. Mais tarde, depois da conquista de três Campeonatos Brasileiros, um Tricampeonato Carioca, uma Taça Libertadores e um Campeonato Mundial Interclubes, Zico finalmente calou os críticos e conquistou a admiração geral. Ao encerrar a carreira no Japão, endeusado até hoje pelos admiradores lá do outro lado do planeta, Zico transformou-se num personagem histórico do futebol mundial. E essa lenda viva que registramos para sempre em película cinematográfica. Este exemplo de perseverança e aplicação, capaz de provar a capacidade do brasileiro de superar obstáculos e tornar-se muito mais do que se espera dele. Tornar-se herói.
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